Mobilização ocorre em Dores do Indaiá; Salário atual é de R$ 4.283,20. População pede que abaixe para R$ 1 mil; G1 procurou vereadores.
08 de setembro de 2015
Moradores de Dores do Indaiá, no Centro-Oeste do estado, estão se mobilizando através de um abaixo-assinado para que os salários pagos aos vereadores baixe para R$ 1 mil. O salário atual bruto, segundo a assessoria jurídica da Câmara Municipal, é de R$ 4.283.20, para todos os legisladores.
O idealizador da ação, Renato Graciano, acha justo que eles ganhem o mesmo que professores municipais. "Se um professor que educa o futuro da nação ganha isso, então é mais que justo que um vereador também ganhe", afirmou.
Ainda de acordo com Renato serão necessárias 500 assinaturas para que o projeto popular seja validado na Câmara. "A legislação pede que tenha 5% de assinaturas do eleitorado local que é cerca de dez mil. Portanto, pouco mais de 500 assinaturas serão suficientes", disse.
Apesar de serem suficientes, o comerciante acredita que conseguirá um número maior, já que moradores estão procurando por ele para pegar folhas. "O movimento começou na internet e foi bem aceito. Os moradores estão apoiando e essa força do povo faz a diferença. Comecei com o movimento porque vi que em outras cidades do país essa redução só foi possível com a união dos eleitores", destacou.
O vendedor Douglas de Assis disse que também acredita na força do povo. “Querendo ou não, trata-se de uma indignação no país todo. Acredito que começando por baixo - me refiro aos salários dos vereadores, prefeitos, cargos comissionados em geral - vamos conseguir, quem sabe, reduzir salários de governadores, senadores. Afinal de contas é um absurdo um vereador ganhar mais que um professor”, reforçou.
Outro morador, que preferiu não ser identificado, disse que um salário mínimo seria suficiente para os vereadores, já que eles não contribuem com o município. "Um salário mínimo tá passando de bom. Se as pessoas se mobilizarem mesmo, vamos contribuir para reduzir a corrupção. Eles não fazem nada por amor ao município e muito menos pela pátria. Muitos já têm outros cargos, eles estão na Câmara pelo dinheiro”, disse.
O G1 entrou em contato com cinco, dos nove vereadores, e nenhum atendeu às ligações para falar sobre o assunto.
Fonte: G1 - Centro-Oeste - MG