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Kalium obtém concessão de lavra para projeto de potássio em MG

A Kalium Mineração obteve a concessão de lavra para o projeto de potássio que possui em Dores do Indaiá (MG).

01 de outubro de 2014


A portaria de lavra fica condicionada ao cumprimento da produção anual prevista de 60 mil toneladas de minério bruto (ROM), relativa à reserva medida de 144,475 milhões de toneladas que constam do Plano de Aproveitamento Econômico da Jazida, aprovado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

A portaria permite lavrar rocha potássica nos municípios de Quartel Geral e Serra da Saudade, ambos em Minas Gerais, numa área de 1.395,38 hectares, que faz parte do processo 831.031/1980.

“A Kalium tem um futuro grande pela frente. Estamos conscientes de que vamos conseguir implantar o projeto. O que realmente estava pendente era esse decreto de lavra. Agora, podemos dar continuidade à fábrica”, disse, ao NMB, Ricardo Dequech, diretor-presidente da companhia. O pedido de concessão de lavra foi protocolizado em 2010.

Em março, o projeto da Kalium foi aprovado pelo Inova Agro, um programa de financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Sustentável (BNDES). A fábrica do projeto vai ser instalada em Dores do Indaiá, mas a mina fica na Serra da Saudade. 

Segundo Dequech, o financiamento gira em torno de R$ 26 milhões, que serão aplicados na construção de uma planta semi-industrial. Os recursos serão intermediados pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

“Com a publicação da concessão de lavra no Diário Oficial da União, nós vamos conseguir avançar com os investimentos, ajustados junto ao BDMG. Estávamos aguardando para começar com a consolidação de layout da fábrica, compra de equipamento, entre outros”, afirmou Dequech.

O diretor-presidente da Kalium disse que a primeira fase do projeto é menor. Segundo ele, a companhia não está voltada para o mercado no momento, mas na consolidação da implantação. A Kalium, porém, avalia a possibilidade de um projeto grande a partir da segunda fase.

“Nós temos uma reserva muito grande, mas vamos começar com o pé no chão. A mina é pequena, não vai precisar de nenhum investimento. Não tem problema de poluição, não vai ser realizado britagem nem moagem, simplesmente uma extração pequena com escavadeira. Nós não vamos usar nem explosivo”, disse o diretor-presidente.

De acordo com Dequech, o projeto tem reserva de 218 milhões de toneladas de minério com teor de 11% de potássio equivalente (K2O). A Kalium vai produzir sulfato de potássio e alumina no projeto e aproveitar o rejeito, que é 100% de sílica, para o setor de construção civil.

“Vamos começar o investimento ainda neste ano. Todos os estudos técnicos de processo estão prontos e oficializados. Rodamos a planta piloto e temos os resultados bem consolidados”

Dequech se reuniu com o BDMG na última sexta-feira (29), dia da publicação da concessão de lavra no Diário Oficial da União. Segundo ele, foi um encontro para retomar o assunto e consolidar os detalhes. A Kalium tem contrato assinado com o BNDES há mais de um ano, mas aguardava a obtenção da concessão de lavra para dar sequência ao financiamento e ao projeto.

Fonte: Notícias de Mineração Brasil