Veículos apreendidos não têm pra onde serem levados, diz Polícia Civil. Pátio com capacidade de 350 veículos já guardam cerca de 400.
18 de agosto de 2014
Bárbara Almeida
Do G1 Centro-Oeste de Minas
O pátio credenciado de veículos apreendidos em Dores do Indaiá enfrenta o problema de superlotação. O local tem disponibilidade para abrigar 350 veículos, mas atualmente tem cerca de 400 e alguns precisam ser empilhados. Segundo a delegada Franciane Leandro, alguns veículos autuados na cidade precisam ser liberados por não ter para onde serem levados. A Prefeitura de Dores do Indaiá informou que irá ceder um terreno para que o problema seja resolvido.
De acordo o proprietário do pátio, Rogério Antônio Ribeiro, alguns veículos estão no local há mais de seis anos. O terreno do pátio é do Estado e o espaço não é credenciado para fazer leilões, já que a ação só ocorre para terrenos particulares. Assim, se o proprietário não regularizar a retirada do veículo do local, as novas apreensões ficam prejudicadas. " Não conseguimos fazer o guincho dos veículos por falta de espaço. Com isso, o pátio tem prejuízo médio de R$ 5 mil mensais e os veículos que são carcaças já estão sendo empilhados. Além disso, como o terreno é do Estado não conseguimos credenciar o pátio ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran), sendo impossível fazer leilão dos veículos", explicou Rogério.
A Prefeitura de Dores do Indaiá informou que fará o desmembramento de um terreno doado pelo Estado e irá ceder parte do terreno para o pátio. "Foi solicitado 5 mil m² para realização do pátio. A partir disso, será enviado um projeto para a Câmera Municipal para a área. Após o projeto aprovado, acreditamos que no prazo de um ano o pátio já esteja funcionando em novo local, pois além de ceder o terreno precisamos de fazer a rede elétrica no local e colocá-lo em condições de uso", explicou o prefeito da cidade, Ronaldo Costa.
Segundo a delegada de Dores do Indaiá, Franciane Leandro Ribeiro, enquanto não for resolvido a situação do pátio poucos veículos serão apreendidos pela Polícia Civil. " Em todas as notificações nós fazemos contato com o proprietário do pátio para verificar se há local para apreensão. Quando não temos locais, fazemos a autuação e liberamos o veículo", comentou a delegada.
A Polícia Militar (PM) informou que não tem o número correto de quantas fiscalizações ocorreram de veículos que não foram removidos. "Não temos um controle sobre estes números, mas independente da superlotação do pátio, a PM continuará com a fiscalização e autuação dos veículos no município", ressaltou o Major Ferreira.
Fonte: G1 - Centro-Oeste - MG